Rondó purgativo
Que merece essa gentalha feia
que abusa da paciência alheia?
Cadeia.
Que prémio é justo para a insensata
e malfeitora turba canalhocrata?
Chibata.
E a canalha inveterada de topete
que ostenta pose de suspensório e colete?
Cacete.
Aos crápulas que fazem barulho à noite,
que Satanás os acoite.
Açoite.
E os primatas dos tempos da cova,
por essa algazarra merecem que prova?
Sova.
Que remédio cura a palhaçada,
a pândega dessa corja safada?
Porrada.
Cadeia, chibata, cacete
é pouco pra este cacoete.
Açoite, sova e porrada
para essa esculhambação não é nada.
Márcio Catunda, "Sintaxe do tempo", 2005 ed. Imprece, Fortaleza, Brasil
(imagem de capa do livro igual ao que 'ganhei' na quinta-feira à noite, daqui)
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