primeiro post do novo ano
(o post anterior não conta: é líquido que é post de noite de transição)
Que ano esperar? o 'novo' não é virgem: ele foi criado, construído, pelo que passou e por todos os outros anteriores. É treta a conversa de "ano novo vida nova": somos o resultado duma adição de experiências acumuladas e os cabelos brancos de hoje nasceram algures, noutros anos que também foram 'novos'; o passado constrói o presente e, em '06, preparamos a carpete para o '07. Límpido. Há vezes, dias, anos que vão começar, em que apetece acrescentar a tal clareza um resmungado 'evidente!' e chamarmo-nos de asnos a nós próprios. Provavelmente este será um desses dias, desses posts. A adição e o seu resultado. O caos de querer Viver usando a letra grande, malquista às convenções do texto corrido, vida corrida também, ‘vidinha’ sem direito a maiúscula. Advém o resmungo da incontinência, exuberante, exagerada, a deixar saldos nos balanços de transição, pai e mãe tio e primo do descrédito na pequena bruxaria do pé-direito-primeiro.
Que ano esperar? o 'novo' não é virgem: ele foi criado, construído, pelo que passou e por todos os outros anteriores. É treta a conversa de "ano novo vida nova": somos o resultado duma adição de experiências acumuladas e os cabelos brancos de hoje nasceram algures, noutros anos que também foram 'novos'; o passado constrói o presente e, em '06, preparamos a carpete para o '07. Límpido. Há vezes, dias, anos que vão começar, em que apetece acrescentar a tal clareza um resmungado 'evidente!' e chamarmo-nos de asnos a nós próprios. Provavelmente este será um desses dias, desses posts. A adição e o seu resultado. O caos de querer Viver usando a letra grande, malquista às convenções do texto corrido, vida corrida também, ‘vidinha’ sem direito a maiúscula. Advém o resmungo da incontinência, exuberante, exagerada, a deixar saldos nos balanços de transição, pai e mãe tio e primo do descrédito na pequena bruxaria do pé-direito-primeiro.
Ser positivo. Olhar o calendário e não assustarem tantas folhas virgens, tantos meses por rasgar antes doutro ‘novo’, outro mítico reiniciar, engano já sacro que os Dezembros trazem sempre. Repito para mim próprio: ser positivo. Que em ’07 não vou brigar mais com a minha mulher nem com ninguém; que vou ouvir melhor o que os meus filhos me dizem, mesmo quando nada falam; e serei mais compreensivo com a minha mãe, tão velhota e carente de carinhos filiais; e com os amigos, menos cáustico nas observações que lhes faço. E escreverei trezentos e sessenta e cinco posts, alguns poemas catitas e quem sabe se outro livro, avé. E porei o malvado serviço em dia, tanto papel atrasado que transitou, quase hibernados em prol das más estatísticas. E. E. E, tantos e’s incluindo o clássico "e deixar de fumar", afinal a história repete-se e caí na lenga-lenga do “ano novo vida nova”…
2007, vamos a isto. Chega de lamúrias e vamos mas é a arregaçar mangas: está aí à espera um calendário novo, inteiro, na foto há um sudoku que, se te esforçares Carlos, conseguirás resolver.
(este blogue está narcisista, admito: não chegava perorar acerca de mim agora inundo-o de auto-retratos pictográficos…)
(este blogue está narcisista, admito: não chegava perorar acerca de mim agora inundo-o de auto-retratos pictográficos…)
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