segunda-feira, outubro 23, 2006

carros portugueses - 12




O Marinho F1, projecto dos anos setentas dum Fórmula 1 português e em que estavam envolvidos Bravo Marinho*, então recém vindo duma prestigiante estadia na equipa técnica de Colin Chapman, e o mais tarde conhecidíssimo José Megre. O bólide nunca passou do papel, entre outras razões certamente por falta daquilo com que se compram melões e motores. É pena, pois na época a F1 vivia um período ainda muito kitsh, em que era possível uma equipa 'artesanal' conseguir milagres, leia-se pontos. Hoje, cada um vale/custa dezenas de milhões de €uros, já não há milagres com extraordinária excepção ao extraordinário Tiago Monteiro, inefável ponta de lança das campanhas da PRP nos (perigosos) autódromos e agraciado já com um pódium às moscas e outras comendas, frutos merecidos da sua cuidada, atenta e lenta condução, fiel ao sacrosanto princípio "mais vale tarde que nunca". Amén, um dia serás chofer de táxi aqui ou em Paris, e poderás pendurar a medalha no espelho para gaúdio de turistas e crioulos.

Voltando ao "F1 portugaise" fica o registo dum projecto curioso: atente-se na particularidade dos sistemas duplos de discos de travão.

* Conheci episodicamente o Bravo Marinho na 'noite' scalabitana do fim dos setentas, início dos oitentas; depois perdi-o de vista e até de memória, e quando dei com esta imagem e as memórias fluíram cheguei à conclusão de que há duas décadas que dele nada mais soube, inclusivé se ainda viverá aqui pela zona.