a energia das ondas

Findas as formalidades que da saúde trataram, ainda na sexta-feira, fui à Bica do Sapato, lá para os lados de Stª Apolónia, para um muíla*-encontro de aprofundamento de relações culturais entre tribos que, depois, tarde de muita conversa e algum passeio em demanda de sossegos para ela, seguiu para aqui (caril com fuba, caprichos tribais: estreia minha que sempre que vou ao 'Aziz' como o caril mas é com arroz), mais longa a noite conversada aqui, "O Bacalhoeiro", grata surpresa daquelas que Lisboa nunca parará de me dar enquanto haja quem mas revele e, já tantas da manhã, cândida e o mais discretamente que me foi possível, passei ao largo e de mansinho por um auto-stop na av. 24 de Julho, o incómodo no consciente de reconhecer que, se parasse e assoprasse no famoso aferidor dos excessos tabelados, poderia 'haver problemas'. Não houve e segui, a noite serpenteante pela costa (a mais bela estrada de Portugal?), olhei e passei as areias de Oeiras iluminadas e estacionei em tribo que é também minha. Regressei hoje ao clã, amanhã segunda à memória do marulhar.
Disto tudo o título; fica a sombra no túnel paisagem urbana, epiderme outra que Lisboa me trás e eu gosto de nela me retratar.
* muíla: tribo que situo (mais ou menos de memória, é onde a 'vejo') na região dos Grandes Lagos africanos, sul egípcio por aí abaixo; as suas mulheres são dotadas de beleza muito singular: se de boina, tanto parecem parisienses dos anos cinquenta com bicicleta no corredor e todo o charme latino na alma ou, olhando-lhes a alvura da pele e os olhos, muito especiais, junto com o peculiar sardento que tempera o nariz de traço à Nefertiti, supõe-se traçarem-se copos e palavras com mui britânica moça, lá do Shire onde, dizem, há tribos e castas assim: de alvoraçar mangusso e espevitar intelectual... :-)
2 Comments:
Voltei ao sofá na tenda tribal, obrigada pelo carinho, th
:-)
(lugar nunca ocupado: é teu!)
Enviar um comentário
<< Home