dela
"Fogem-me as palavras"
- Isto é uma piada? Não, não agora!... Voltem aqui!
Fogem-me as palavras. Escapam-se-me por entre os dedos. Haha, as palavras são matreiras... matreiras e efémeras!
São falsas amigas. Quando há alguma dificuldade, ou quando tu te aproximas, são as primeiras a abandonar o navio (que é como quem diz, a boca). Penso que tenho tudo sob controlo e quando mais preciso delas, é exactamente quando estas me desamparam. Ao finalmente regressarem, já se tornaram novamente inúteis. Coincidência, ou destino? Ironia talvez. Deixo à descrição de cada um. Oh minhas amantes palavras, que, quando se despedem docemente, me deixam entregue aos seus primos Gesto, Aceno e Careta; e que de quanto em quanto, me levam a visitar o seu avô Ridículo, que não é nada simpático.
Palavras são como crianças: inocentes e malandras! Gostam de nos pregar partidas e rir dos nossos maus momentos. Minhas amigas palavras que tão mentirosas são... quantos sonhos vocês criam e como me obrigam a descer vertiginosamente quando o coração me trás de volta à Terra. Haha... Quase um mundo irreal, é o resultado da vossa presença.
Não derramo lágrimas no papel e nem sequer o rasgo pela, acreditem! tamanha raiva que sinto!... Simplesmente sorrio: um sorriso hipócrita e vencedor. Porque as coisas nem sempre correm como espero e a culpa não é do mundo nem das pessoas. Por muito que doa a culpa é minha. Minha, e das minhas palavras. As minhas fiéis companheiras e que me conduzem nesta longa tragicomédia que é a vida.
(Não fui eu que escrevi isto: foram “elas”...)
- Isto é uma piada? Não, não agora!... Voltem aqui!
Fogem-me as palavras. Escapam-se-me por entre os dedos. Haha, as palavras são matreiras... matreiras e efémeras!
São falsas amigas. Quando há alguma dificuldade, ou quando tu te aproximas, são as primeiras a abandonar o navio (que é como quem diz, a boca). Penso que tenho tudo sob controlo e quando mais preciso delas, é exactamente quando estas me desamparam. Ao finalmente regressarem, já se tornaram novamente inúteis. Coincidência, ou destino? Ironia talvez. Deixo à descrição de cada um. Oh minhas amantes palavras, que, quando se despedem docemente, me deixam entregue aos seus primos Gesto, Aceno e Careta; e que de quanto em quanto, me levam a visitar o seu avô Ridículo, que não é nada simpático.
Palavras são como crianças: inocentes e malandras! Gostam de nos pregar partidas e rir dos nossos maus momentos. Minhas amigas palavras que tão mentirosas são... quantos sonhos vocês criam e como me obrigam a descer vertiginosamente quando o coração me trás de volta à Terra. Haha... Quase um mundo irreal, é o resultado da vossa presença.
Não derramo lágrimas no papel e nem sequer o rasgo pela, acreditem! tamanha raiva que sinto!... Simplesmente sorrio: um sorriso hipócrita e vencedor. Porque as coisas nem sempre correm como espero e a culpa não é do mundo nem das pessoas. Por muito que doa a culpa é minha. Minha, e das minhas palavras. As minhas fiéis companheiras e que me conduzem nesta longa tragicomédia que é a vida.
(Não fui eu que escrevi isto: foram “elas”...)
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Texto feito hoje pela minha filha Carla, para um trabalho escolar. Sou vaidoso com os meus filhos tanto ou mais de quando é comigo mas, hoje, quase tive ciúmes do professor e, os da escrita 'dela', esses foram reais!... a 'pita' faz-se! :-)
(da foto: foi tirada pela profª Fátima, de Ciências, durante um teste; do que a miúda conta e se vai vendo, a professora adora fotografia e costuma brindar os alunos com cópias dos melhores instantâneos que deles consegue durante as aulas: à Carla calhou-lhe agora esta foto tirada no passado ano lectivo, portanto ainda com 13/14 anos, que agora já vai nos catorze e meio)
2 Comments:
E fica-te bem esse orgulho que a "miúda" tem uma criatividade que num ápice me levou a lê-la até ao final.
Ela não quer ter um blog?... :)
Os meus elogios ao rebento. Muito bom e muito coerente. Parabéns!
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