Error 666

Soou hoje todo o dia (e-mails, cafés, conversa da treta) que o mundo acaba amanhã: a velha questão do '666', o bíblico "número da besta".

Por um lado é chato pois há uma série de coisas que queria fazer, designadamente escrevê-las, e não haverá ninguém para as ler sendo que também é chato abusar da leitura de mim mesmo. Mas por outro é um descanso pois todo o outro trabalho passa de atrasado a dispensável e não exigível, por inutilidade superveniente da lide. Enfim, os papéis burocráticos são o maior pesadelo que vocês possam imaginar: fêmeas e boas parideiras que são, inundam a vida útil em quantidade e tempo excessivos, e não são, meu caso, especialmente férteis em dar à luz daqueles papéis formato A-qualquer coisa, dos que os bancos têm os maiores arquivos e possibilitam adquirir-se coisas boas na vida. No seguimento desta ideia, ainda de assinalar a pena por ter hoje enchido com cervejas e águas o mini frigorífico que comprei para o escritório caseiro e não haver amanhãs que venham conversar comigo.

Um aviso e em resumo: mesmo que vocês se evaporem todos eu não páro o blogue: sempre fui apontado como com queda para o dito 'espírito de contradição' além de ter informal pacto empático assinado com ele desde que nos conhecemos, lá vão anos e anos - e ainda cá andamos todos...

Fim do mundo será, sem dúvida, o dia em que não haja Internet: há um Mundo inteiro que acaba aí, Error 666, o mais temível de todos.

(a pilha de livros estava aqui e eu carreguei com eles para cá, voluntariamente)