domingo, junho 04, 2006

angústia


Na penumbra do eterno café dos escritores exilados ele lamentava as frases riscadas e as folhas em branco, a mesa com círculos húmidos que os copos da angústia semeavam, o cinzeiro a abarrotar de cinzas e beatas: "não consigo escrever, não tenho tema!"
"Estúpido", gritei-lhe: "fala da espuma que bebeste, da mosca que te irrita e da caneta que não escreve, olha o cinzeiro cheio e fá-lo transbordar agora em palavras. Estúpido! tu não vês? então conta-o, conta-o porra!"
(a foto veio da net; não meto o link pois o site já não 'funçomina')

2 Comments:

Blogger Carlos Gil said...

a quem cá chegar vindo do 'chuinga': essa pita é doida, vcs fujam daí que ela tem gripe das aves ou ainda pior: além de gostar de andar de avião é uma doida varrida.
quem não veio de lá, peço desculpa e ignore, por favor, continuando esta boa leitura que lhe proporciono, comparativamente a certos blós onde andam a espreitar os outros para lhes malhar por dá cá aquela palha ou, pior, por estarem no café desesperados e cheios de cahecóis, via síndrome da folha branca.
Siga a Marinha!

12:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

ah ah ah!!, foi só para não te keixares que não venho cá ler-te evrridei, oh lingrinhas!... - beijo, muf' deliciada!, e olha que até me fizeste escrever mais de dez linhas, o que há muito não akontecia, obrigada oh Drákula...

12:29 da manhã  

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