"mariscando luas"
O Luís Carlos Patraquim acedeu vir a Almeirim conversar sobre 'escritas', contar-nos como é que se mariscam luas (só esta expressão dava para um colóquio!) e do olhar ao banal quotidiano se faz borbulhar a música das palavras, poesia.
Também teremos ensejo de conversar sobre como é ser o Poeta da transição do processo cultural e da ruptura nas letras moçambicanas pós-independência, ele que o foi no pós-poesia militante e fez a ponte entre os primevos Rui de Noronha e Noémia de Sousa, depois Rui Knopfli ou José Craveirinha, Glória de Sant'Anna, Grabato Dias, e a nova geração: ele, Nelson Saúte, Eduardo White, mais tantos que não cito mas que asseguram a continuidade da qualidade poética de matriz moçambicana. Já agora e se houver vez, sobre as diversas influências culturais nessa escrita, afro nativa, lusa e africânder, seja na poesia ou na escrita poética.
É assim, falar de 'escritas' é um mundo sem fim, felizmente...
Vai ser a 29 de Abril, que é um sábado, e às 5 da tarde. No net-café "Copo com Texto" as palavras quentes de África voltarão a deixar os lábios secos aos que já sentiram o seu bafo e aos que o sonham.
Acerca do Luis Patraquim faço copy ao 'currículo' que a sua actual editora disponibiliza, aliás o site onde gamei a foto. Ei-lo, omisso em muito do seu trajecto pelas letras 'cá' e 'lá', mas mesmo que assim não fosse seria sempre parco de tanto que teremos gosto em falar!
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Colaborador do jornal A Voz de Moçambique, refugia-se na Suécia em 1973. Regressa ao país em Janeiro de 1975, integrando os quadros do jornal A Tribuna. Membro do núcleo fundador da AIM (Agência de Informação de Moçambique) e do Instituto Nacional de Cinema onde se mantém, de 1977 a 1986, como roteirista/argumentista e redactor do jornal cinematográfico Kuxa Kanema. Criador e coordenador da "Gazeta de Artes e Letras" (1984-1986) da revista Tempo.
Desde 1986 residente em Lisboa, colabora na imprensa moçambicana e portuguesa, em roteiros para cinema e escreve para teatro. Foi consultor para a Lusofonia do programa Acontece, de Carlos Pinto Coelho, e é comentador na RDP-África.
Publicou Monção (1980); A Inadiável Viagem (1985); Vinte e tal novas formulações e uma elegia carnívora (1992); Mariscando Luas (1992) em parceria com Ana Mafalda Leite e Roberto Chichorro, e Lidemburgo Blues (1997). Foi galardoado com o Prémio Nacional de Poesia (Moçambique) em 1995.
2 Comments:
Carlos, embora raras, conheces estas pérolas do Patraquim:
http://www.africamente.com/africamente/autores.asp?codigo_seccao=0
Abraços
Que bom para as gentes do Ribatejo terem um animador cultural como tu!!, abraço ao Poeta e ao Gil e que tudo corra bem!, muf'
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