segunda-feira, abril 24, 2006


25 de Abril... Não escrevo nada de 'especial'. Meto os versos do "Grândola, vila morena", do Grande Zeca Afonso, e pergunto se há alguém que não os tenha cantado, gritado, trauteado ou somente murmurado sem sentir a chama da esperança aquecendo-lhe o peito. Onde pára esse calor? essa chama?
Vamos tentar... Canta. Canta baixinho, lê os versos e sente-os cantar dentro de ti, deixa subir-te à memória aquele calor que estas meras palavras, rimadas com tanto de ti, eu, nós, tanto nos aqueceram esperanças e incendiaram ilusões. Ilusões. E porque não? porque não ilusões se é delas que também nascem realidades? do lutar por elas, do acreditá-las?

Canta, meu Amigo, ouve os teus lábios a cantarem: "Grândola, vila morena...

....
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
...................................................
'sentiste'? ok, não te esqueças da letra, hoje vamos trauteá-la mais umas vezes. E da emoção, por favor: não te esqueças dessa, principalmente dessa...
Agora vou, vamos sair. Até ao 'jardim da república' cá da city, onde há música ao vivo e, certamente, haverá bem mais para ouvir que o "Grândola". Mas esta também estará, se ouvirá, se cantará. Sempre!

(com imagem da capa dum livro ao qual estive para ir buscar o meu poema do '25 de Abril'. Porém, relendo-o, achei mais próprio pôr a letra do "Grândola". Gostos... gostos e velhice)

5 Comments:

Blogger Ana said...

Estou cantando...
Vou andar de cravo vermelho, bem viçoso!

10:53 da tarde  
Blogger th said...

-enganei-me no post...lol

Eu disse:
Não sei o que se passa comigo que me apetece ficar muito quieta, simplesmente...não sou mulher de euforias, de grandes esperanças ou de grandes sonhos, nunca o fui e agora visto um pouco de desilusão.
A minha libertação emergiu de dentro de mim, no ano de 74 é certo, mas apenas porque já lá germinava há muito. Conheço as mudanças por esse motivo mais do que ninguém.
Viva a Libertação!

11:58 da tarde  
Blogger Carlos Gil said...

um dia conquistarei a minha (isto não significa nada de especial, só que sinto-me 'preso' sem saber se merecço a 'liberadde'. e nem sei se pela morte ou por uma outra revolução, eu um dia gostava de me sentir... LIVRE)
(eu nego que escrevi isto)

1:05 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Jurei ter por companheira, Grândola, a tua vontade" - há pois que não esquecer o juramento. Abraço, Viva o 25 de Abril!, IO.

1:55 da manhã  
Blogger Maria Arvore said...

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade

é o que convém recuperar, hoje, do dia 25 de Abril.

8:28 da tarde  

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