As OPAS e as sessões de porrada
Ao que percebi isto é mais ou menos assim: A Sonae, que é cinco ou vinte vezes menor que a PT, segundo critérios que concordam na miniatura da desafiante, ameaça engoli-la, e o dinheiro vem daqui ao lado (e o raio da peseta pesava um bom bocado mais que o escudo, nos tempos em que as moedas contavam o presente das economias-mães). Mortinhos por embolsar uns milhões há dois stars locais que passam a ferro os equipamentos para irem a jogo, ou melhor, fazerem o catering aos seus sponsor’s estrangeiros que, para estas coisas, contratam sempre uns indígenas.
Parece moda e iremos a ver se a gula, a vaidade e a ambição ficam por aqui. O BCP quer cavalgar esta onda basbaque dos tesos para com os duelos da malta da massa, e manda a sua OPA sobre um vizinho mais minorca, o BPI. Como a história parecia vir contada ao contrário e o que está a dar é os mais pequenos irem às fuças aos maiores - David deveria ser o apelido português mais popular -, então o dito minorca não se agacha e ameaça em surdina virar o feitiço ao feiticeiro e dar-lhe a provar a mesma ração, numa contra-OPA. Quer um quer outro, mais o mais pequeno que o menos, têm a sua credibilidade financeira, reservas de capital, suporte, poder, em capital estrangeiro, dinheiro dos ‘grandes’, leia-se investidores não nacionais.
Um dia estas contas serão lembradas, a História dum País (letras grandes, sempre) em que os pobres os médios e os pouco ricos salivaram ao cheiro dos grandes combates do Capital (idem, merece-o), que não lado a lado com um nacionalismo ausente, residual quando soa a banquete do vil metal.
Que somos? quem somos? Que 2006 é este, que “era” é esta em que no pátio das misericórdias europeias aterram capitalistas de qualquer lado, contratam serviçais para tradutores e outros incómodos, montam arena e entretêm-se a jogar ao Monopólio com as nossas casas e hotéis, ruas, avenidas e estações, companhias de água e de electricidade?
O caos torna-se uma forma natural de viver. Se há trinta anos atrás eu atreve-se este post chamar-me-iam um promissor escritor de ficção científica. Hoje sou um desajustado social, ‘cego’ às realidades da economia.
Parece moda e iremos a ver se a gula, a vaidade e a ambição ficam por aqui. O BCP quer cavalgar esta onda basbaque dos tesos para com os duelos da malta da massa, e manda a sua OPA sobre um vizinho mais minorca, o BPI. Como a história parecia vir contada ao contrário e o que está a dar é os mais pequenos irem às fuças aos maiores - David deveria ser o apelido português mais popular -, então o dito minorca não se agacha e ameaça em surdina virar o feitiço ao feiticeiro e dar-lhe a provar a mesma ração, numa contra-OPA. Quer um quer outro, mais o mais pequeno que o menos, têm a sua credibilidade financeira, reservas de capital, suporte, poder, em capital estrangeiro, dinheiro dos ‘grandes’, leia-se investidores não nacionais.
Um dia estas contas serão lembradas, a História dum País (letras grandes, sempre) em que os pobres os médios e os pouco ricos salivaram ao cheiro dos grandes combates do Capital (idem, merece-o), que não lado a lado com um nacionalismo ausente, residual quando soa a banquete do vil metal.
Que somos? quem somos? Que 2006 é este, que “era” é esta em que no pátio das misericórdias europeias aterram capitalistas de qualquer lado, contratam serviçais para tradutores e outros incómodos, montam arena e entretêm-se a jogar ao Monopólio com as nossas casas e hotéis, ruas, avenidas e estações, companhias de água e de electricidade?
O caos torna-se uma forma natural de viver. Se há trinta anos atrás eu atreve-se este post chamar-me-iam um promissor escritor de ficção científica. Hoje sou um desajustado social, ‘cego’ às realidades da economia.
6 Comments:
Ora seja muito bem regressado ás lides, meu amigo!
Prometo leitura assídua mas nada de OPA's.
Kandandu!
"pois é o grande capital/ o tal do gostinho especial" - cantava o Sérgio Godinho. Beijo, web!, muf'.
Tenho lá uma máquina para ti! A ver se me sabes dizer a marca da coisa.
Bom regresso.
Carlos, no mail que te mandei digo, al´m de que não consegui descobrir a tua cx de comentários no post, que me parece um jaguar E. A jante, o formato denunciado da óptica, a inclinação do pára-brisas e o design da frente, tudo faz lembrar o 'E-Type', com o senão de, sendo desenho, deixar a ideia que as proporções do comprimento do capot do motor não foram respeitadas, e 'mostra-se' curto para a sua verdadeira dimensão: enorme. Grande carro, de design um ícone e com motor cheio de binário, em estabildade, chassis, uma perfeita porcaria certamente em muito derivada do excesso de peso: ele parece magrinho mas não o é. Acho que é o 'E', e se gostas da marca procura no Google fotos do XJ13, ou, mais antigo, o XK 120 OTS, do mesmo E tb podes procurar o OTS que é um belo carro (o E Frua é horrível, já agora) ou, coisa bonita recente, um XK 180. Vrum-vrum!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Gracias, também me pareceu um Jaguar, mas como sei que és entendido :)
Não conseguiste comentar porque estava a mexer-lhes, tinha-os fechado. Com tanto maluco por aí à solta, há tempos perdi a paciência. Mas hoje, ao fazer-te a pergunta, lembrei-me de os reabrir.
Abraço.
Carlos Gil, para sossegá-lo, fica aqui prometido que, da minha parte, não haverá OPA sobre o nunaweb.blogspot
Não se zangue, deu-me para a brincadeira!
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