sim, vou dizê-lo
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Esta a ponta do Meu Medo, eu tenho é esta ponta dum novelo que tenho medo de desenrolar pois na minha memória estão alguns dos seus nós e de como foram atados. O meu imenso egoísmo, este também fel que sempre me alimentou e é tubagem cristalizada, a acidez que me faz rabujo, ingrato, o tal senhor de Hyde destoutro que escreve, autor e personagem que não casam, vivem em comunhão de interesses, meio passo dado para andarem à estalada quando o Presente estremece em grau que vá além deste inócuo 1024 x 768. Estive quinze dias, ou mais, sem escrever publicamente. Na net, mas em quase silêncio, em resguardo de medos, manta de mim. Vagabundeei pelo antes, trilhei caminhos e sentei-me a mesas que abandonara. Odiei cada segundo: vivi a realidade, a boçalidade que me repugna, o ouvir os papagaios apalermados que falam sem pensar (e... sabem-no? fazê-lo?) mas têm bonitos trinados, chafurdei na vulgaridade. Voltei arrepiado, assustado. Com medo. De ser assim o amanhã, de ter de dar de enfiada tantos nós cegos no novelo que ele me venha a engolir, adeus CG, adeus tanto e olá medo, um olá amargo de regresso ao charco, aprender a coachar, talvez um dia saiam trinados, essa suprema humilhação de se ser 'aplaudido' pela vulgaridade, a boçalidade. Medo, estou a contá-lo.
Ou se calhar não: este Medo é bem-vindo, têm razão todos os que dizem, cara dos parvos que são e sorriso dos cínicos que sempre foram, que o mundo da internet é uma ilusão, jus à tradução simplista de virtual, que nela vivem os frustrados, os falhados, todos os que não são capazes de trinar baboseiras com a pose alarve de quem vive devoto doutro tipo de 'aparências', as ditas reais, fato-gravata e cartão dourado.
(Na imagem 'o grito', de Munch, imagem gamada aqui, aproveitando para declarar publicamente que é tela que não está na minha posse, só sou ladrão do seu espírito)
3 Comments:
CARLOS
medos, receiros, desiluzões e outras tais, quem não tem?!!!
eu tenho, mas não resisto , volto e apanho tantas quantas forem preciso, mas sabes amigo, dentro de todas tem sempre um AMIGO(A), que nos enche de carinho, lendo, brincando rindo até chorando.
Obrigado pelos medos eles têm me feito crescer um tiquinho , ehehehehe BEIJÃO
Entre parvos brancos,cínicos pretos,estendem-se, decompondo estas cores, mil e uma cores e suas matizes e por isso a vida, o mundo e as pessoas são belos...realmente....ou virtualmente.Xi
Como disse Tareca, quem não tem medos, fantasmas, ansiedades?
Às vezes são injustificados, outras vezes cheios de razão de ser...
Todos acabamos levando pancada na vida e, importante realmente, é levantar e caminhar de novo, ter sempre uma réstea de ânimo, para o dia que vem a seguir. Importante mesmo, é acreditar que esse novo dia pode até ser maravilhoso.
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